terça-feira, 8 de abril de 2008

Profissão

Como é difícil escolher uma profissão e saber que nosso futuro está em jogo. Que o nosso destino depende dessa escolha. É algo delicado, porque na vida da maioria dos brasileiros trata-se de uma opção que terá que ser arcada pelo resto da vida, portanto, não permite falhas. As oportunidades para cursar uma única faculdade já são escassas, o que dirá procurar um novo curso. Alguém me dirá que nada é impossível e eu irei concordar, mas convenhamos se formar em dois cursos distintos é algo praticamente inviável. Mérito para poucos.

Na escolha do que seremos para o resto da vida tudo começa logo cedo quando, ainda crianças, recebemos uma bola. Isto em um país onde o esporte número um é o futebol, logo o presente parece sugestivo: se torne jogador. Para as meninas o kit de maquiagem e umas roupas da moda já logo remetem a idéia de que o corpo esbelta e as passarelas são o melhor caminho.

Em minha vida as coisas não foram muito diferentes. Durante um bom tempo quis e lutei para atuar em um grande clube de futebol. Em determinada fase cheguei até a treinar em um time tradicional de São Paulo. No entanto, ao mesmo tempo em que lutava para realizar uma façanha que nunca se concretizaria, também observava com outros olhos uma figura próxima, alguém que sem dúvida me serviu de inspiração para a minha escolha: Meu pai.

Cheguei a estar tão envolvido com o esporte que certamente quem vivesse ao meu lado apostaria que eu cursaria educação física. E acertariam não fosse o meu medo em lidar com cadáver. Corri do curso por causa das aulas de anatomia. No final das contas acabei optando por jornalismo por achar que as coisas seriam mais fáceis. Gostei muito do curso e de certa forma eu não estava errado, as coisas para mim foram menos turbulentas do que para outras pessoas, afinal, quem tem em casa um professor particular?

Um profissional com um currículo invejável, com diversas coberturas dos mais diversos tipos e nas mais diferenciadas editorias. Sempre que sento para conversar com meu ídolo me surpreendo. Foram tantas as matérias, tantas as viagens que por um momento chego até a duvidar. Mas as reportagens assinadas são as provas necessárias para encerrar as dúvidas de quem quer que seja.

Foi com ele que comecei a entender que para atuar no jornalismo é preciso muitas coisas na qual nunca havia me interessado. Ética, leitura, informação. Deixar de ser alienado é uma regra fundamental.

Agradecimentos
A cada novo emprego, a cada novo desafio um aprendizado que se junta ao meu currículo e faz com que eu melhore a cada dia como profissional. Existem muitos nomes que devo agradecer, por exemplo, Fernando Santos e Dani Blaschkauer que me deram a primeira chance no Diário Lance!

Agora nessa minha nova fase no Diário de S. Paulo quero agradecer o Marco Aurélio e o Marcelo Laguna que também são importantes. Enfim tem muita gente que eu não citei aqui, mas é tão importante quanto esses nomes que ganharam espaço. Todos foram e continuam sendo responsáveis pelo meu crescimento na área.

A esses que me ajudam serei eternamente grato!

Eu não volto atrás na minha escolha e tão pouco me arrependo de um dia ter escolhido está profissão que muitas vezes chega a me decepcionar. Eu sei que ainda tenho muitas deficiências e que preciso melhorar e crescer em diversos aspectos. E, como nunca é tarde e a cada dia aparecem pessoas importantes e experientes para acrescentar naquilo que eu preciso ser, corro atrás do tempo perdido e tento ganhar meu espaço na profissão que escolhi para ser o meu ganha pão.

Será que eu sobrevivo? Eis a questão!

Um comentário:

Unknown disse...

Realmente nessa área há muito que se aprender, mas acredito que você tenha escolhido a profissão certa.
Agradeço tb à essas pessoas que te ajudaram no início da sua carreira, afinal não é qualquer um que dá oportunidade para recém-formandos ne?! rs
Seria bom se todo mundo abrisse espaço, acreditasse e investisse em novos talentos, que estão por ai, sem chances de emprego.
Boa Sorte para os jornalistas!
Beijosssss